Deixar o ovo em temperatura ambiente, desinfetar a casca do ovo com água e sabão depois passar álcool,
abrí-lo, separar a clara da gema..... com a ajuda de uma seringa grande ou uma ducha vaginal, introduzir a clara no canal da vagina. Após a relação, fique deitada por 20 minutos com as pernas para cima.
O teste pós-coito avalia a interação entre os espermatozóides e o muco cervical. É um teste antigo, existindo desde 1868. Sabemos que no período fértil, o corpo feminino produz um muco cervical elástico e consistente que é normalmente apropriado para a trajetória dos espermatozóides. Portanto o teste somente pode ser aplicado durante o período fértil, normalmente logo antes da ovulação, que é o período em que o muco encontra-se mais elástico e apropriado. Em ciclos anovulatórios (sem ovulação), não há como se aplicar este teste, uma vez que não haverá o muco apropriado.
Se o médico observar que o muco encontra-se com características inapropriadas, não há a necessidade de aplicar o teste, pois o resultado deverá ser negativo. Atualmente a data do teste tem sido estipulada com ajuda de controle de ultrassonografia seriada para avaliar o momento da ovulação, sendo o teste pós-coital realizado quando o folículo dominante atingir tamanho acima de 18mm.
O casal é orientado para ter relações em casa e posteriormente apenas a mulher comparecer a clínica para a coleta do material retirado do colo uterino. O tempo em que a paciente deva comparecer a clínica varia de acordo com o procedimento de cada local. Algumas clínicas pedem 2 horas de intervalo, outras 4 horas, enquanto algumas outras pedem 10 horas, ou que venha na manhã do dia seguinte. Normalmente a clínica orienta o casal para ter relações e cuidados após relações da mesma forma que normalmente realizam, afim de obter um resultado realista. Por exemplo, se a mulher não costuma a fazer qualquer repouso após as relações, que repita esse procedimento. No entanto há clínicas que orientam a mulher a seguir alguns procedimentos, como alguns minutos de repouso após o coito.
Alguns especialistas consideram que o teste é positivo quando num microscópico com aumento de 400 vezes se observa 5 espermatozóides com progressão linear. Outros consideram o resultado positivo com apenas 1 espermatozóide com progressão linear por campo. Ainda encontramos especialistas que consideram que o correto são 10 espermatozóides por campo, e, além disso, avaliam a velocidade de movimentação.
Um teste positivo indica que as condições hormonais feminina estão corretas, o coito foi apropriado, o ambiente do colo uterino está propício, os espermatozóides estão em boas condições e não há reações imunológicas adversas contra os espermatozóides. No entanto não é uma garantia de que os espermatozóides conseguirão alcançar o óvulo e penetra-lo.
O teste de Sims-Huhner negativo indica alguma dificuldade neste complexo processo. Podendo tratar-se de problemas no ato sexual. Ou relacionar-se com alterações hormonais femininas, desde a não ovulação a apenas a produção inapropriada do muco cervical. Alterações nos espermatozóides também podem explicar o resultado.
No entanto o resultado negativo não é uma impossibilidade de gravidez no natural por si só. O resultado pode se alterar entre um ciclo e outro. É possível que o momento escolhido para a realização do teste não tenha sido o mais propício, pois o muco não é constante em todo o período fértil. Problemas ovulatórios podem ou não ser passíveis de solução, portanto ocasionando um teste positivo em outro ciclo após a correção dos mesmos. As condições dos espermatozóides também sofrem alterações entre um momento e outro. Além disso, os espermatozóides saudáveis podem eventualmente estar concentrados em outra região do útero propiciando um falso negativo. O único item que sofre pouca mudança é a questão imunológica. Se a mulher tiver anticorpo antiespermatozóide, é possível que este consiga matar os espermatozóides em qualquer ciclo, neste caso o indicado seria realmente a Inseminação Artificial.
De todas as mulheres que se submetem a este teste, uma grande quantidade recebe um resultado negativo. No entanto, muitas dessas vêem a obter uma gravidez natural futuramente, já tendo havido relato de gravidez no mesmo ciclo em que o teste deu negativo. Por esta razão, muitas clínicas estão abandonando o teste pós-coito, por considerar o resultado pouco conclusivo.
Existe um tipo de infertilidade feminina que é, no mínimo, muito curiosa. É aquela provocada pelo muco cervical hostil, que permite a passagem do espermatozóide para o útero e tubas uterinas e muda em volume e em quantidade na ovulação.
Por problemas de acidez, causada por distúrbios na ovulação, ou fator imunológico, o muco acaba matando os espermatozóides durante a migração para o local da fecundação (terço distal da trompa de falópio). Alguns casais se assustam quando recebem o resultado do teste pós-coital (determina a qualidade e quantidade do muco cervical e o número e mobilidade dos espermatozóides no muco no momento da ovulação e após uma relação sexual ter ocorrido) mostrando a "matança" dos espermatozóides. Nesse teste, geralmente, também é avaliado se a qualidade e a consistência do muco cervical é adequada para a função espermática normal e sua sobrevivência. Antes de se descabelarem, saibam que há controvérsias. Muitos médicos não acreditam na eficácia do teste pós-coital. É o caso do especialista em reprodução assistida Eduardo Motta. Segundo ele, 70% dos casais que tiveram um teste pós-coital ruim conseguem engravidar naturalmente. Ou seja, isoladamente, o exame não quer dizer muita coisa. No máximo, ele pode apontar outros problemas, que podem ser detectados de maneira muito mais simples. A hostilidade de um muco cervical pode ser provocada, por exemplo, pela baixa taxa de estrógeno. Uma estimulação ovariana com hormônios seguida de inseminação intra-uterina pode resolver isso, segundo Eduardo Motta. Essa técnica consiste na injeção de espermatozóides vivos dentro do útero geralmente 36 horas após a ovulação. Mas para que a técnica tenha bons resultados é imprescindível que as trompas estejam permeáveis e que o número e qualidade dos espermatozóides sejam razoáveis. Também é necessário que o médico faça uma detecção precisa do momento da ovulação. A inseminação intra-uterina deverá ser realizada momentos antes ou imediatamente após a liberação do óvulo na cavidade abdominal. As chances de gravidez são de cerca de 30%. Nos casos em que o homem tem uma ejaculação retrógrada (emissão de sêmen para dentro da bexiga), o procedimento é diferente. Os espermatozóides devem ser recolhidos rapidamente da urina, lavados e isolados em meio de cultura para posterior inseminação. Moral da história: em casos controversos, como esse do muco, é sempre bom ouvir a opinião de outros médicos. Nada de ficar sofrendo por antecipação, ok?